26 abril 2007

Reparações - Part Deux

Conforme temia subconscientemente, a mesma história rocambolesca voltou-se hoje a repetir.
Aqui vai o relato desta nova experiência.
Depois de ter tentado falar com o Sr. Miguel Costa, técnico que na terça-feira passada ficou de me ligar a partir das 13h00 para aparecer, mas cujo silêncio foi o único reflexo da sua presença, vim a descobrir que o mesmo é filho do patrão e que portanto tem, digamos, os seus próprios horários (obrigado Andreia, a secretária, pela informação) e que não é estranho que ele desligue o telemóvel à tarde, tendo já recebido várias queixas de clientes.
Hoje voltei a contactar o "seu Costa", às 10h30, para confirmar que sim, que era hoje, que viriam garantidamente, de certeza, que não iam falhar. Após ter alegado que tinha ficado sem bateria na terça (porque não se livrou de uma desanda minha) ficou combinado que hoje, entre as 13h00 e as 15h00, passavam lá por casa. Não seria ele, mas um colega dele, o Wilson que iria. Garantidamente!
13h00 ......comer uma sopinha enquanto espera....... 15h00
Liguei às 15h00 para o telemóvel dele que, Ó Mistério, estava desligado (sacana da bateria, pensei eu!) tendo depois ligado para o escritório, um pouco f..dido por sinal, a informar que o Sr. Miguel não tinha aparecido. Não é preciso dizer que o espanto do outro lado da linha foi pouco, preocupantemente pouco. A senhora foi confirmar e volta-me a ligar a dizer que o Wilson tinha lá estado....mas às 12h40!! Caralho da merda, foda-se, filhos-da-puta, e demais palavrões interiorizados com alguma dificuldade depois, informei a Andreia que o Sr. Miguel me tinha confirmado entre as 13h00 e as 15h00.
Muito resumindo e concluindo: o Wilson tinha lá estado, efectivamente, mas não às 12h40, antes às 12h00 conforme factura que me deixaram na caixa do correio (devem estar à espera que pague a deslocação, esses animais!). O homem deve ter ficado 1 mn e 30' à espera e depois foi-se embora. Eu ainda lhe disse que deveria ter ficado à espera 2 horas que eu tinha aparecido. Garantidamente!
Ficou marcado para amanhã .... entre as 13h00 e as 15h00.

24 abril 2007

Reparações

Filhos da puta destes gajos das reparações!
Combinei com um técnico para ir lá a casa hoje às 11h30 arranjar uma ligação à água para um frigorífico. Liguei-lhe às 10h30 para confirmar, mas também a avisar que estaria lá somente por volta das 12h00. Ele disse-me que de qualquer maneira estava atrasado e que às 11h30 nunca estaria lá, pelo que ficou de me ligar por volta das 13h00 a avisar quando conseguiria lá ir.
Até agora! (15h30). Já lhe liguei 3 vezes sem resultado.
Vou começar a adoptar este método para as minhas reuniões de trabalho. "Reunião por volta das 10h00, por volta" e apareço às 14h00, a ver se fico muito tempo.
É sempre a mesma merda com estes técnicos, até parece que temos que tirar um dia de folga para atender suas Exas! Da-se!

19 abril 2007

Smoke / No smoke

Nunca percebi as pessoas que fumam ao mesmo tempo que guiam.
Não percebo e simultâneamente tenho por eles uma certa admiração pela maleabilidade que demonstram.
Além do pivete objectivo que permanece indelevelmente no habitáculo do veículo, não percebo sobretudo porquê é que estão a prejudicar a sua saúde por fumar, mas isso já desisti dessa luta, e sobretudo a aumentar perigosamente as probabilidade de terem acidentes por fazerem malabarismos com o cigarro entre as mãos ou os dedos. Tamanha mestria deveria ser aproveitada em alguns circos deste país.
Admiração exactamente por demonstrarem essa mestria. Quem me conhece sabe que eu de vez em quando fumo umas cigarrilhas, sobretudo sextas à noite, e confesso que já tentei guiar e fumar ao mesmo tempo, mas invariavelmente sem grande sucesso tendo em conta a atrapalhação entre mudar de velocidade, virar o volante, diminuir o volume, abrir o vidro, tudo isto com um elemento estranho e fumegante no meio dos dedos. Pior é quando o tentava fazer com a cigarrilha segura entre os lábios com o fumo a ir directamente para o olhos, secando as lentes e irritando todos os vazos sanguíneos instantâneamente, cegando-me de imediato. Para esquecer.
Aqui deixo portanto um sincero apelo para que deixem de fumar nos carros, aumentando a sua esperança de vida e a do seu carro.
Para malabarista doente já temos o João Jardim.

17 abril 2007

Virginia on my mind

Os Estados Unidos são o paradoxo de si próprios.
Imbuídos ne defesa perpétua de uma liberdade limitada e limitadora, os americanos armam-se até aos dentes para preservar o que lhes resta dessa liberdade. Liberdade de escolha, liberdade de movimentos, liberdade de credos e liberdade de possuir e transportar uma arma de fogo como quem possui um pacote de M&Ms comprado na mercearia do bairro.
Aprisionados no seu próprio espírito clássico e reformista, na tradição longícua da transformação sem mudança, os cowboys acordam por vezes com novidades como as de ontem: o pior assassinío em série numa escola ou faculdade na história da Nação. O dramático resultado foi o de 33 mortos e 15 feridos, entre os quais o próprio atacante que se terá suicidado.
Mais do que entrar em grandes disertações sobre a culpa, os porquês e os comos e demais contornos desta tragédia americana, lembro os 32 inocentes que numa manhã como tantas outras nada mais fizeram do que ir para a escola para estudar, encontrar colegas e amigos, garantir a sua felicidade, proteger o seu futuro. Um futuro que acabou ontem desfeito em pólvora de fumo branco.
Não é a primeira vez, nem provavelmente será a última, que vamos ouvir estas histórias macabras por terras do Tio Sam, enquanto relembramos outras crianças a fugir e a partir janelas para se salvarem de loucos armados, como as de Columbine. Podemos talvez somente ter a esperança de que um dia acordem e comecem a proibir e limitar o uso de porte de armas, a consciencializarem-se de vez que essa liberdade que tanto amam e tentam preservar também se constroí com base em proibições.
A pax americana tem de ser reformulada e repensada. É tempo de desarmar os cowboys.

16 abril 2007

Escher revisitado


13 abril 2007

Evolution


11 abril 2007

Cabrel

"Moi je n'étais rien et voilà qu'aujourd'hui je suis le gardien du sommeil de ses nuits, je l'aime à mourir. Vous pouvez détruire tout ce qui vous plaira, elle n'a qu'à ouvrir l'espace de ses bras pour tout reconstruire, pour tout reconstruire. Je l'aime à mourir

Elle a gommé les chiffres des horloges du quartier, elle a fait de ma vie des cocottes en papier, des éclats de rire. Elle a bâti des ponts entre nous et le ciel et nous les traversons à chaque fois qu'elle ne veut pas dormir, ne veut pas dormir. Je l'aime à mourir

Elle a dû faire toutes les guerres pour être aussi forte aujourd'hui,elle a dû faire toutes les guerres de la vie et l'amour aussi.

Elle vit de son mieux son rêve d'opaline, elle danse au milieu des forêts qu'elle dessine, je l'aime à mourir. Elle porte des rubans qu'elle laisse s'envoler, elle me chante souvent que j'ai tort d'essayer de les retenir, de les retenir. Je l'aime à mourir

Pour monter dans sa grotte cachée sous les toits je dois clouer des notes à mes sabots de bois, je l'aime à mourir. Je dois juste m'asseoir, je ne dois pas parler, je ne dois rien vouloir, je dois juste essayer de lui appartenir, de lui appartenir. Je l'aime à mourir

Elle a dû faire toutes les guerres pour être aussi forte aujourd'hui, elle a dû faire toutes les guerres de la vie et l'amour aussi.

Moi je n'étais rien et voilà qu'aujourd'hui je suis le gardien du sommeil de ses nuits, je l'aime à mourir. Vous pouvez détruire tout ce qui vous plaira, elle n'aura qu'à ouvrir l'espace de ses bras pour tout reconstruire, pour tout reconstruire. Je l'aime à mourir."

Francis Cabrel

10 abril 2007

Aconteceu no Oeste

O país dos cowboys pode ter os seus defeitos, mas se não fossem eles o que seria deste planeta.

05 abril 2007

Os velhos dos correios

Uma ida aos correios é mergulhar no precoce mundo da velhice.
Por entre os estafetas atarefados, os desconhecidos de passagem, os funcionários das empresas da zona com os seus sacos cheios de envelopes, residem sempre, num posto dos correios, uns velhotes de passagem.
Veem pagar a luz e a água, levantar as suas pensões ou mesmo enviar um simpático postal a um dos poucos amigos que ainda têm. Outras vezes ainda, pedem timidamente para utilizar um dos telefones fixos do posto, pouco dados que são a uma era de telemóveis e sms's.
Os velhos dos correios perseguem um dia à dia outrora ocupado com os afezeres do dia à dia de qualquer um, mas a ida aos correios torna-se por vezes, por força do tempo que lhes foge, no acontecimento desse dia, numa hipótese de ver gente nova e de encontrar do outro lado do balcão um rosto que já lhes é familiar, simpático e nunca indiferente.
Por isso arranjam-se para essa curta viagem. Por vaidade, para voltar a pôr aquele fato que teimosamente resiste ao passar das horas e dos usos, e por saberem que nos correios existem sempre outros velhos com quem se podem cruzar, com quem podem falar das suas pensões, das suas reformas, dos bons velhos tempos e recordar os que já foram. Amigos de circunstância que por vezes são os únicos que restam neste percurso que lhes sobra.
Sentam-se no banco à espera que saia o seu número, na secreta esperança que demore o maior tempo possível. Esse tempo que para eles é tão precioso.


04 abril 2007

Waltzing Matilde



Pinochet e suas tropas. Sempre prontos, sempre alertos. O verdadeiro General não é o Pinochet. E qual deles é o Pinochet?

02 abril 2007

Animais

Eu sou grande adepto de futebol, mas é raro falar desse fenómeno aqui no meu cantinho, até porque convivo com ele diariamente. Para mim o futebol é uma paixão saudável, um desporto alegre em que se confrontam equipas leais e competitivas. Infelizmente, nem sempre é assim.
Ontem fui ao Estádio da Luz ver o empate entre o Benfica e o Porto, mas o que mais me marcou foram as cenas lamentáveis de violência completamente gratuita por parte de adeptos do Porto, sobretudo, mas igualmente do Benfica.
Antes de começar o jogo, já uma das claques organizadas do Clube da luz vandalizava carros, atirava garrafas aos elementos da segurança, insultava tudo e todos, até que foram corridos por uma carga policial forçada que levou tudo à frente. Uma autêntica vergonha, umas verdadeiras bestas.
No interior do Estádio, a claque do Porto ficou instalada no Piso 3 do Estádio e os problemas não tardaram a chegar. Foguetes atirados para o Piso 0 apanhando os Sócios e adeptos do Benfica desprevenidos. Ao todo, durante o encontro foram 9. Após o golo do Porto, vôou uma cadeira para partir a cabeça de um adepto. Foi assistido e levou 3 pontos, alguns mais ficaram feridos. Pelo meio foram atirados isqueiros e moedas e, pasme-se, telemóveis para o autêntico desespero dos benfiquistas que se encontravam mais abaixo. A polícia tardou em intervir, mas deteve 3 adeptos do Porto, de entre os mais de 3.000 que estiveram na Luz. Uma autêntica vergonha, uns verdadeiros animais.
A P.S.P. que se diz sempre pronta a tudo, ontem falhou em toda a linha.
Para mim é um problema de fácil resolução: acabar com a presença das Claques fora dos seus Estádios. As claques seriam proibídas de entrar em Estádios que não fossem das sua equipa respectiva. Solução simples para um problema grave. Toda gente sabe que os problemas veem das claques por isso é bani-las dos estádios visitados.
Ontem o futebol ficou mais pobre.