27 dezembro 2006

Ressaca

Pronto, acabou o Natal.
Mais uns dias e temos mais uma celebração, desta vez um novo ano que começa, o ano 007.
Depois do Natal, sinto sempre uma ligeira ressaca apesar de não beber (muito) alcool, pelo menos o suficiente para me sentir neste estado, mas o "after-party" com o arrumar da prendas recebidas, do papel de embrulho por utilizar, das caixas de chocolate semi-consumidas e deixadas ao abandono, deixa no ar um silêncio perturbador, como se fossemos meros clandestinos de passagem.
Que, no fundo, até somos.

22 dezembro 2006

This Christmas

Desejo a todos os assíduos leitores deste blog um santo Natal (que bonita expressão esta "Santo Natal" se bem que não quer dizer absolutamente nada) e nada melhor para o fazer do que uma música de antologia do Jorge Miguel intitulada "No Natal passado", mas esta é a versão mais comercial em inglês.

19 dezembro 2006

Staples

Quando tudo o resto falhar, agrafa!
O trabalhador que agrafa é um bom elemento de trabalho.
Porquê? Porque à partida está a agrafar porque é organizado, porque vai andar com os documentos de um lado para o outro, porque possivelmente quer distribuir várias cópias, agrafadas, pela sua equipa e acima de tudo porque não gosta de desperdício e então agrafa para arquivar.
Além disso, agrafar faz barulho e vai parecer que está muito ocupado, poupando assim horas de verdadeiro empenho e labor. Outro facto desconhecido é que, enquanto agrafa ninguém o incomoda.
Os colegas de trabalho devem pensar que exige muita concentração, destreza e discernimento, pois enquanto agrafa há de reparar que raramente é incomodado e mesmo que o seja, basta zurzir um olhar de ódio, como quem diz "não tás a ver que tou ocupado a agrafar!?" para que a pessoa peça desculpa e retorne pela via de onde veio.
O agrafador profissional, preocupa-se igualmente com a sua forma física nomeadamente na região do pulso, o que o torna imune a problemas reumáticos no futuro.
Portanto, aqui vai um conselho: agrafe, quanto mais melhor! O seu patrão agradecerá, a sua folha salarial também.

Mais uma pérola do Voiding.

12 dezembro 2006

Te vás Augusto

Finalmente morreu Pinochet.

A 11 de Setembro de 1973, subiu ao poder pela mão amiga dos Estados Unidos da América e apoio da C.I.A. num golpe de Estado que derrubou Salvador Allende, morto pelos militares dizem uns, suicidando-se no local com a pistola que lhe oferecera Fidel Castro defendem outros.

Antes demais, uma breve consideração sobre o papel dos Estados Unidos que advogam a liberdade e a democracia aos sete ventos mas que espalham o ódio e a morte sempre que o entendem necessário, sem sequer pensar duas vezes no bem estar local, antes considerando o volume financeiro que advem da venda de armas, da reconstrução de países arrasados, da liberalização dos mercados às empresas norte-americanas, entre outros. O Iraque actual tem um "ligeiro" travo a Chile dos anos 70.

Pinochet é amado por uns, odiado por outros, e por mim. Por um lado foi na altura visível que a ditadura trouxe estabilidade económica ao Chile, mas como sabemos a estabilidade económica pode ser passageira, e tem o seu preço, como de facto o foi - já agora, Hilter, também ele, reconstruiu uma economia alemã em ruínas quando subiu ao poder. Em vez disso ficaram os constantes atropelos aos direitos humanos, as mortes, as torturas, as contas secretas - em ambos os casos.

Contas feitas terão sido presas pela D.I.NA (Direccíon de Inteligência Nacional), as PIDE locais, cerca de 300.000 pessoas, 35.000 torturadas, 3 a 4 mil assassinadas e centenas desaparecidas, muitas vezes somente por fazerem ouvir a voz da sua discórdia a um regime autoritário e sangrento. Além de tudo, soube-se em Julho deste ano que ele usou instalações do exército chileno para a produção de cocaína, negócio esse que o enriqueceu a ele a ao filho. Afinal, tudo não passou de uma mísera negociata, como muitas vezes acontece.

Em 2001, para se livrar dos tribunais alegou insanidade mental, o que lhe permitiu nunca ser condenado pelos seus crimes, sacudindo do ombro o sangue dos que matára. A justiça chilena infelizmente compadeceu-se e não o julgou, resta-nos uma pequena esperança chamada Baltazar Garcón.

Foi-se sem chama, porque lhe faltou o coração, mas foi-se aos 91 anos, tempo demais para tanta maldade.

Finalmente morreu Pinochet.


11 dezembro 2006

Man Watching Art - Is it art itself?

06 dezembro 2006

Akward Elevator Moments

04 dezembro 2006

Xeguei galiera!

Regressei de uma semana recheada de sol, mar e picanha. Cada vez mais apaixonado por esse país de palmeiras e palmito, de frango e catupiry, de capirinha e caipirão, de água de sal e água de côco.

É sempre bom visitar amigos que não se conhece.