25 fevereiro 2010

Improvisação

O improviso é tipicamente português.
Tão típico quanto os tapetes da Arraiolos, as sardinhas enlatadas, o galo de Barcelos ou a forma sublime e profissional como tiramos macacos do nariz dentro do carro. Sim, vá lá, não negue, provavelmente até está a tirar um enquanto está a ler este post, seu badalhoco.
O improviso é, se pensarmos bem no assunto, uma forma explícita e directa de dizer: "Pronto, não tive muito tempo para pensar nisto, estive a deixar tudo para a última porque estava entretido a ver pornografia na internet, mas vamos a isto agora". "Eh pá e tal, mas agora já não podemos fazer como antes ". "Não há problema, improvisamos”
O tuga peludo e eriçado é profissional de topo no improviso e no desenrascanço. Se o improviso pagasse éramos os Bill Gates deste planeta.
Mas não paga.
Por outro lado, não deixa de ser estranho que essa característica tão identificativa e sobranceiramente vista pelos nossos congéneres (adoro a palavra "congéneres") é ao mesmo tempo a faceta que mais nos valoriza e pela qual nos destacamos.
Vezes sem conta, como a Expo 98, o CCB ou o Euro2004, andávamos aos papéis até ao dia da inauguração, mas nunca falhou. Se fosse na Alemanha tinham tudo pronto 3 meses antes, mas nunca conseguiriam resolver problemas de última hora.
Podemos sempre dizer que o improviso não nos permite atingir patamares maiores no mundo. Podemos, mas não era a mesma coisa.

23 fevereiro 2010

Filhos da...!

Esta merda já começa a ser a escandaleira total, o regabofe geral, já não se aguenta.

Então o Rui Pedro Soares, que bem tentou que as escutas não fossem divulgadas pelo Sol, em vão, e que renunciou pelo seu próprio pé e consciência ao cargo que tinha na PT, ainda vai receber uma indemnização de 600 mil euros?

Mas que merda é esta caralho!?

Não há quem ponha mão neste bando de sanguessugas que gere este país?

Indemnizado porquê já agora? Danos morais?

Foda-se!

P.S.: Que me perdoem os incautos leitores pela linguagem um pouco mais pesada, descritiva e singular deste post, mas tinha que ser.

10 fevereiro 2010

Alegria

No último jantar de apoio à pré "possível - talvez - nunca se sabe - pode ser se estiver inspirado - se não tiver mais nada que fazer" candidatura presidencial de Manuel Alegre, que se realizou no Porto a 31 de Janeiro, não se ficou a saber muito mais acerca do Sr. Alegre.
As sábias e doutas declarações do Manuel foram: “Se alguma dúvida tinha em relação a uma eventual recandidatura, o que acima de tudo me decidiu foi a obrigação de lutar com todas as forças para que as novas gerações recuperem a confiança em si mesmas, no seu futuro e no seu país”.
Aí está claramente um homem à imagem desta nova geração: decrépita e sem esperança.
Uma coisa ficámos certamente a saber: Manuel Alegre gosta muito de gambas panadas, cenoura e sobretudo puré. Muito puré.
- "O gajo gosta de puré? Então voto nele de certezinha!".
Isto além da óbvia forma primitiva e senil como segura o prato.
Alegre o teu sonho é uma tristeza.