30 janeiro 2009

Vacaciones

Depois do post anterior mais cinzento, nada melhor para se roerem de inveja do que saber que vou 12 dias para o Brasil.

Sol, mar, praia, 31º.

Até ao meu regresso...

29 janeiro 2009

Tempo de cão

Está tão mau tempo que mesmo sem sair de casa apetece-me voltar para casa...

28 janeiro 2009

Musiciados

Chamo-lhes os Musiciados.

Essa horda de pessoas que anda por aí de I-pod nos ouvidos, a todo o tempo a toda a hora. Viciados em música, viciados em som.

Sinceramente não percebo. Gosto muito de música, adoro ouvi-la no meu carro com o volume bem alto, mas prescindo dela grande parte dos meus dias.

A andar na rua prefiro os sons da cidade, o ruído próprio do movimento humano. Ao passear pelo campo prefiro o tranquilo silêncio da vegetação, ouvir o pulsar próprio da natureza. Na praia prefiro o som das ondas que não desistem de bater na areia ou o suave acariciar das marés. Na neve, ao descer as pistas, nada melhor do que ouvir a permanente retaliação dos skis ou do snowboard contra o algodão branco. No metro prefiro ir a ouvir as conversas, timidamente, em segredo.

Não preciso sempre de uma banda sonora para cada instante na minha vida. Prefiro o barulho da vida à alienação do movimento.

21 janeiro 2009

Louvor ao vício

Não posso deixar de louvar o empenho e determinação dos fumadores.
Ontem, à chuva e com um frio de rachar era vê-los à porta dos prédios a baterem o dente e a fumarem tristemente. O vício tem destas coisas, mas visivelmente reforça o compromisso com um objectivo.
Se os portugueses fossem tão empenhados no trabalho quanto aos fumadores ou se os fumadores fossem tão empenhados nos seus trabalhos como com o fumo, certamente deixavamos de ser a cauda da Europa e a migalha do mundo.

19 janeiro 2009

W.

Bye bye W.

Amanhã o meu café saberá certamente melhor.

15 janeiro 2009

e-death

Irrita-me quando aparece "Fatal Error!" no computador.

Parece que vou morrer subitamente nos próximos 2 segundos.

09 janeiro 2009

A crise havia de tocar aos ricos

Parece-me óbvio que, passados tantos anos de crise controlada ou disfarçada, tantos anos em que os estratos sociais mais baixos sentiram na pele as agruras da sua própria condição, a crise havia de tocar aos ricos.
A problemática que para mim se coloca é que, ao invés do frio manto que cobre os pobres ou menos afortunados, os ricos e influentes tapam-se com edredons dourados e cobertores de seda. Para uns é reservado o miserabilismo, o apertar contínuo do cinto, o deixar de pagar os remédios ou de comprar carne, para outros traçam-se planos de salvação económica.
A crise para os ricos é deixar de jantar nos restaurantes mais caros e passar para outros mais em conta, mas não deixar de o fazer. É comprar menos roupa, mas continuar a fazê-lo. É vender um dos carros e ficar com os outros dois. É talvez vender o barco à vela ou a mota de água. É dispensar um dos empregados.
Não tenho pena deles.
Muitos andaram a enriquecer à conta de uma especulação capitalista desenfreada, deixada à toa, sem regras claras, apregoando os benefícios e os valores de um sistema deficiente que promove as diferenças e as acentua. Foi o que se viu e se vê: o capitalismo morreu no final de 2008. Madoffs e companhia podem ficar pobres? Duvido, quanto muito ficam menos ricos. E enquanto o ladrão que rouba cinco mil euros ao merceeiro vai para a prisão, o milionário que perde cinquenta mil milhões fica em prisão domiciliária. É uma questão de zeros, bastantes zeros.
Os pobres não têm influência, não conhecem ninguém, somente outros pobres que como eles lutam para sobreviver, muitas vezes para saber se no fim do dia podem dar de comer aos filhos. Os ricos preocupam-se com o golfe ao fim-de-semana, o negócio que corre menos bem e que carro hão de oferecer aos filhos que fizeram dezoito anos. Os pobres olham para os bolsos vazios e observam o que não têm, os ricos olham para gráficos e observam o que perderam.
Não tenho pena dos ricos que agora se suicidam porque perderam tudo e deixaram de lutar, tenho pena dos outros que, apesar de nunca terem tido nada, continuam a fazê-lo.

05 janeiro 2009

And death shall have no dominion

Para quem espera a morte com impaciência, a morte aguarda pacientemente.

02 janeiro 2009

80 para sempre?

Estou farto dos anos 80.

Estou farto de festas dos anos 80.

Estou farto de pessoas que ainda se vestem à anos 80.

Estou farto de pessoas que só ouvem música dos anos 80 e só vão a festas dos anos 80.

Estou farto que músicas que tiveram o seu auge há 20-25 anos estejam sempre a dar nas rádios.

Até gosto dessas músicas, mas não de ficar parado no tempo como se o mundo não tivesse evoluído à minha volta.

Gosto de festas dos século XXI, gosto de novas músicas, novos sons, novos sítios, novas pessoas, novas saídas, novas noites.

Gosto de viver ao som de novos ritmos.