31 outubro 2006

Pior não há

Abraçando o desafio do Eixo do Mal, aqui vão os meus eleitos (minhas eleitas, para ser mais específico) para o Pior Português:

Zita Seabra:

Porque representa para mim o que de pior existe na política e nos políticos em Portugal, esse viracasaquismo agudo que lavra sem fim à vista consoante os ventos ou as marés, os interesses ou as influências. Zita é uma autêntica fraude, um logro sem corte de cabelo, um embuste sem busto. De galho em galho saltita sem grande habilidade a tentar vender as suas obtusas convicções, os seus boçais argumentos. É um poço sem fundo, uma coisa ruim.

Manuela Ferreira Leite:

Porque sim. A nossa Dama de Ferro nacional que consegue transformar ouro em fezes e fezes em défice público. Lá que ela tem jeito para a coisa tem, resta saber qual é essa coisa. A Sra. Leite é outra coisa ruim.

Além destas duas assombrosas mulheres entram obviamente para esta lista os nomes de Ribeiro e Castro e de Manuel Maria Carrilho que já foram comentados neste espaço.

Quais são os vossos? Além de comentar podem enviar para piorportugues@producoesficticias.pt.

27 outubro 2006

Ribeiro e Casto

Exmo. Senhor Doutor José Ribeiro e Castro,

Foi com algum espanto que acabei de ouvir a leviandade de V.Exa. ao tentar fazer alguma ironia e sarcasmo numa das suas últimas declarações aos meios de comunicação social referindo-se à ineficácia deste Governo em cumprir as suas promessas e, mais grave, em radicalmente alterá-las passando a fazer aquilo que tinha prometido não fazer.

No conteúdo até estou de acordo consigo, vamos à forma desadequada com que o fez:

Referiu-se V.Exa. a este incumprimento de promessas apelidando o mesmo de “I.V.P.” – Interrupção Voluntária das Promessas.

No meu entender isto representa uma clara afronta à sociedade, à humanidade e às mulheres em particular. Comparar um mero e, infelizmente habitual, não cumprimento de promessas eleitorais deste, ou de qualquer outro Governo, à Interrupção Voluntária da Gravidez - “I.V.G.” - revela, além de uma total falta de tacto e habilidade política, uma falta de bom senso ético e de sensibilidade para uma situação altamente traumatisante e alarmante para muitas - mais do que V.Exa. possa pensar no seu frágil cerebelo - mulheres em Portugal e no mundo.

O senhor tentou fazer populismo barato para que quem o ouvisse se risse dessa sua grosseira chalaça, mas aquilo que se limitou a fazer foi simplesmente ser selvagem, alarve, reles e torpe, sem ter sequer a consciência do peso imundo das suas palavras e do fardo ascoso das suas afirmações.

Permita-me remetê-lo para o mesmo canto que reservo na minha mente a pessoas vís, revoltantes e ordinárias, num lugar de destaque que V.Exa. passou para mim a merecer, com um largo e confortável trono de merda à sua espera.

V.Exa. foi nomeado Rei deste lamaçal, V.Exa. é uma coisa ruim.

26 outubro 2006

Matias "El Fuerte"



Aqui vai a mais recente foto do meu novo sobrinho. Idade: 3 dias

25 outubro 2006

Banco




Está descoberta a solução: para o ano vou pagar menos impostos, e passar a cobrar taxas a tudo o que mexe. Vai ser só facturar! Prevejo um aumento do meu lucro pessoal em 1.367.58%. Abra conta na Caixa G! e aufira todas as vantagens que oferecemos. A única coisa que prometo é não ser mais ladrão que os outros.

23 outubro 2006

Era uma vez em Portugal

"As finanças perdoaram à banca o pagamento de IRS e de IRC que deveria ter sido entregue a título de retenção na fonte sobre juros pagos a investidores em obrigações emitidas por sucursais no exterior. Este perdão vai incidir não só sobre o passado, mas também sobre os rendimentos de todas as emissões obrigacionistas emitidas até 31 de Dezembro de 2006 «independentemente da data a que venham a ser efectivamente pagos». Só a partir de 1 de Janeiro de 2007 «haverá sujeição a retenção na fonte dos rendimentos de obrigações emitidas através de sucursais financeiras no exterior, que sejam transferidos para a sede ou outras sucursais». As finanças justificam esta situação pelo facto de os bancos terem agido «de boa-fé» quando não fizeram as referidas retenções."
Os Bancos agiram de "boa-fé"? Esta entrou automaticamente para o top vitalício das piadas mais hilariantes de sempre, com o único senão de não ter piada nenhuma. E perdoar o IRC às pequenas empresas que lutam para sobreviver? E perdoar o IRS aos deficientes? E perdoar o IRS aos pensionistas? E perdoar o IRS a todos MENOS aos Bancos???
Cada vez fico mais revoltado com a Banca em Portugal: uma cambada de miseráveis abutres que sugam até ao tutano o simples tuga e depois ainda vai fazer de coitadinho aos políticos. Isenção de impostos? Deviam é levar com um ferro em brasa pelas nalgas.
Os bancos são como os maus do Aconteceu no Oeste: enfiam-nos uma grande harmónica pelo cú acima quando temos sobre os ombros a carga desta miserável vida e depois ainda conseguem ir para a cama com a Claudia Cardinale.

Filhos de uma grande porstituta!

18 outubro 2006

O eleito

Saudades.

Cada vez mais dou por mim a ter saudades do Bill Clinton.

Admito que sou fã total deste ex político humanista e abnegado. Tenho saudades não só do homem e da sua presença apaziguadora, mas sobretudo de como era o Mundo quando ele governava a potência mais poderosa do planeta: uma verdadeira e sólida “Pax Americana”.


Recordo com nostalgia a genuína preocupação com o ambiente e as tentativas, inúmeras vezes frustradas, de fazer frente aos poderosos lobbies da indústria americana, esta mesma indústria que com fios de metal faz de Bush a sua marioneta. Lembro a sua cultura e o seu à vontade para lidar com todos os líderes mundiais sem excepção, a sua clarividência política, o seu inabalável sentido de Estado.

Para além da administração Clinton existe o homem, Bill, que livre do cargo e dos constrangimentos da Presidência, assume hoje talvez o papel mais importante da sua vida à frente da Fundação com o seu nome que luta contra o vírus da SIDA, nomeadamente no continente Africano, que consegue motivar e agregar desde o indivíduo mais anónimo até aos nomes mais conhecidos como Bill Gates e Rupert Murdoch para as causas mais urgentes do Planeta, obrigando todos a assumirem um duradouro compromisso de acção, que ajuda os mais desfavorecidos através de programas de apoio à criação de empresas e de empregos, e tantas outras iniciativas com o mesmo cariz apolítico e humano.

O mundo fica mais rico com homens destes, fica mais pobre quando desaparecem.

"That's the stuff leaders should be made of", o verdadeiro Right Stuff.

16 outubro 2006

Happy Days


O abre cápsulas mais feliz do mundo.

13 outubro 2006

Música de elevador

Lanço aqui um desafio aos três leitores deste blog para escolherem a melhor música de elevador.

A minha escolha: "The lift goes up where we belong" de Joe Cocker e Jennifer Warnes.

Obvious, isn't it?

E vocês?

12 outubro 2006

Alguém me explique ...




Quando ouço a meteorologia na Antena 1, ficou perplexo quando chega o momento em que o alegre locutor relata a previsão das temperaturas para esse dia ou o próximo.

Aqui fica um exemplo:

"Lisboa 25
Porto 24
Coimbra 23
Faro 26
Bragança 19
Guarda 20
Castelo Branco 22" ........ até aqui tudo bem ...

só que depois, e isto invariavelmente todos os dias, segue

"Varsóvia 15 ou
Londres 13 ou
Estocolmo 9 ou
Helsínquia 12 ou
Moscovo 8" ...... só diz uma das cidades.

Alguém me explique o porquê?

Senhores da Antena 1 que às centenas lêem este blog, alguém me explique porquê é que no fim das principais cidades nacionais aparece sempre uma, e uma única, cidade europeia relativamente à qual revelam a previsão da temperatura? Porquê? A quem é que interessa a temperatura em Varsóvia ou em Helsínquia?? A quem???

Drives me crazy?!

10 outubro 2006

Civic Duty

Alguém se lembra daquele magnífico e histórico Honda Civic que por si só causou o bloqueio da Ponte 25 de Abril?

Deve ser um daqueles milhares de carros que ficaram lá parados pois o que eu me recordo são aqueles camiões DAF e Mercedes.

De qualquer forma, podem sempre ligar para o número acima e comprar o "histórico" Civic que deve estar num estado "impecável" depois de ter sofrido a carga policial.

in Público de 10 Outubro 2006

09 outubro 2006

Inconvenient Gore



Fui ontem ver o filme / documentário do Al Gore sobre o aquecimento global. Como não podia deixar de ser, faço o apelo para que todos o vejam e, acima de tudo para que iniciem de maneira eficiente a reviravolta que tem de ser dada, urgentemente.
Ao clickar na imagem acima irão parar ao site da Verdade Inconveniente, à página "What You Can Do" com algumas simples indicações do que podemos todos fazer no dia à dia para tornar-mos este nosso Planeta, não melhor, mas sobretudo num espaço com alguma esperança de futuro.

04 outubro 2006

O tópico

Em Portugal vivemos em permanente Utopia.

Utopia que o nosso país é que é, que os outros não prestam
Utopia que o trabalho do vizinho é uma merda e de que eu é que vou ser promovido
Utopia que a economia está de facto a recuperar
Utopia que o nosso Clube vai ser campeão europeu, este ano vai ser de certeza.
Utopia que o nosso salário vai chegar para as prestações dos 10 créditos que os Bancos alegremente concederam.
Utopia que temos um povo cada vez mais culto e interessado
Utopia que educamos bem os filhos desta nação
Utopia que o Simplex vai simplificar tudo

Utopia que Durex é o oposto ao Simplex
Utopia que vão ser criados 150.000 empregos num estalar de dedos
Utopia que o funcionário público está cada vez mais profissional
Utopia que a burocracia está a diminuir
Utopia que somos bons na cama
Utopia que somos importantes na Europa
Utopia que o Bush gosta de nós
Utopia que o vamos ser alvos de um ataque terrorista
Utopia que o Manuel Maria Carrilho é heterosexual
Utopia que os Hospitais têm cada vez melhores condições
Utopia que os nossos impostos estão a ser bem aplicados
Utopia que os morangos só se podem comer com açucar.
Utopia que temos televisão de qualidade
Utopia que somos simpáticos
Utopia que tratamos bem os animais
Utopia que comemos bem
Utopia que fazemos ginástica
Utopia que somos alegres e bem dispostos
Utopia que os políticos estão mais integros
Utopia que o Marques Mendes é grande
Utopia que a utopia é saudável porque mantém a chama acesa

Sendo que a utopia é por definição um projecto irrealizável, fantasia, delírio, quimera ou lugar que não existe, estas ideias que temos nas nossas mentes aportuguesadas não passam obviamente de mera utopia.


Nota do tradutor: sobretudo a do Manuel Maria Carrilho

02 outubro 2006

Murmúrio



A melancolia invade-me o coração

Durante a noite tudo parece tornar-se realidade
Mas é apenas um sonho, uma luz, um movimento que foi
Como reagir a um suspiro que nos trespassa?
Demora sempre algum tempo até a dor desaparecer
Mas a imagem permanece inalterada
Até que um dia se esbate


Que venha depressa, esse dia
Rápido para que possa vir à tona
Para que a melancolia me abandone
Como tu o fizeste.

Leve e simples murmúrio.