30 setembro 2005
29 setembro 2005
Somos os Maiores! (ou quase)
Três coisas me apraz referir:
1º Cheira-me a mim que o "Fórum para a Competitividade" deve ser um grande tacho arranjado por economistas de meia tijela que se autoproclamaram reis da análise financeira e príncipes dos estudos económicos, enquanto ganham churodos ordenados que ditarão churodas pensões. Cheira-me.
2º Portugal encontrar-se à frente da Espanha e da França? Só mesmo se lerem a tabela ao contrário, e mesmo assim dúvido que nos encontrêmos tão perto deles. Na minha óptica, Portugal encontra-se em termos de competitividade no meio dos países que normalmente aparecem nas listas alfabéticas de Países espalhados pelo planeta. Assim, não me espanta que estejamos à frente de Puerto Rico, Qatar e Reunion, embora atraz de Papua Nova Guiné, Peru e Polónia. Isto sim, já me parece mais realista.
3º Todos os outros índices económicos indicam um Portugal tristonho e em baixa de confiança. Aliás, ainda ontem ou hoje, foi divulgado um estudo da Ernst&Jovem indicando que as empresas estrangeiras não querem investir em Portugal. Porquê? Estamos em vigésimo segundo?!
Isto é tudo mas é uma ganda tanga, daquelas a imitar pele de leopardo, fio dental e laço côr de rosa para enfeitar o todo. E cheira-me que os ditos analistas do Fórum da Competitividade andam todos com uma vestida a apertar demasiado os ...
28 setembro 2005
23 setembro 2005
Avenida Liberdade
Os níveis de poluição atmosférica permitidos por lei foram ultrapassados na Avenida da Liberdade, em Lisboa, num em cada três dias deste ano, o que a transforma na zona mais poluída da Europa, alertou ontem a organização ambientalista Quercus (atenção, não confundir com Quer Cús, que é outro género de organização). A situação decorre do tráfego, e em particular dos veículos movidos a gasóleo.
Lisboa encontra-se na vanguarda Europeia, podendo os alfacinhas orgulhar-se de finalmente viver numa cidade de nível mundial. Obrigado Soares, Santanas e Carmonas que nos conduziram rumo ao progresso. Foi um árduo caminho até atinjirmos este patamar e foi necessário abdicar do "Dia Europeu Sem Carros" para que se tornasse realidade. Descansem no entanto os cépticos relativamente à edilidade lisboeta, uma vez que esta decidiu implementar medidas ecológicas alternativas como o "Dia Europeu Sem Bicicletas", uma iniciativa única a nível mundial.
Apesar de ser considerada a via mais poluída da Europa, a Avenida da Liberdade é igualmente considerada a nona rua mais luxuosa do mundo segundo um estudo da «Excellence Mystery Shopping». Somos ultrapassados por vias como os Campos Elísios, em Paris, a 5ª Avenida, em Nova Iorque, e espantosamente pela Av. Defensores de Chaves igualmente em Lisboa, onde o shopping é um mistério de excelência.
Portanto, ânimo Portugal! Como podem verificar, há esperança e potencial para este pequeno País ombrear com colossos mundiais.
22 setembro 2005
Felgueiras, ou a queda da democracia
Este regresso, e sobretudo a forma como aconteceu, é o paradigma perfeito do caos político que se instalou no nosso país; o reflexo gritante da injustiça da justiça nacional.
Para mim, a viagem empreendida pela dona Fátima, não me espanta e espantará somente os mais desatentos. Efectivamente, há cerca de dois a três meses a ex-autarca e presente arguida deixou de receber, após dois anos note-se e com a justificação inacreditável de excesso de faltas, o seu vencimento de autarca da Câmara de Felgueiras. O dinheiro provavelmente não mais abundava e entre cocos gelados e caipirinhas à beira do mar, decidiu regressar a tempo de se candidatar à Câmara, tentando garantir quer a presidência, quer a imunidade, quer ainda o vencimento que urge. A justificação de um apelo quase divino para servir os populares de Felgueiras é sobretudo um grito obscuro para se servir deles.
Isto tudo seria uma tristeza não fosse ter sido transformado num alegre circo. Além da descredibilidade total em que estava mergulhada a política e na qual nadavam os políticos, vislumbra-se agora claramente a profunda iniquidade de uma justiça que se quer reformada mas que dia após dia cai num abismo do qual será difícil voltar a emergir.
Os portugueses são sérios e merecem seriedade. O que a classe política anda a fazer é brincar com os portugueses e, mais grave, brincar com a democracia. Que raio de sistema legal temos nós que permite que indivíduos arguidos em processos possam concorrer a eleições para cargos públicos? E que raio de sistema político e democrático temos nós que permitem que eles as vençam?
O único apelo que me cabe a mim fazer é o de simplesmente votarem em branco ou deixarem mesmo de votar até termos políticos dignos de nos representar e merecedores dos nossos votos e da nossa confiança. Não só nas autarquias às quais concorrem Isaltinos, Majores ou Fátimas, mas em todo o país no sentido de transmitirmos a mensagem clara de que basta! Que estamos fartos de viver neste lamaçal ético, cansados de caminhar neste pântano moral, mas sobretudo exaustos de tanta merda!
21 setembro 2005
A imutabilidade da Cervejaria
Desde os primórdios desta nossa Portugalidade, ainda Afonso Henriques pensava em espanhol, que o Tuga tem a mania de se enfiar nas cervejarias em alegres repastos regados abundantemente (não confundir com “a bunda tanto mente”) com litros e litros de cerveja.
O nome aliás foi escolhido a dedo numa força de comunicação ímpar e numa estratégia de branding inquestionável: “Cervejaria” apela aos nossos mais básicos instintos animalescos de bêbados inveterados e promove o convívio social imediato. Na mesa estiveram outros nomes que foram postos de parte: Casa do Tremoço Seco, Aqui Há Pão Duro, Império do Bitoque Sem Sabor, O Zé do Caracol, entre tantos outros.
No entanto o que me espanta a mim é a imutabilidade destes locais de reencontro com a natureza lusa. A decoração não muda há 40 anos, os empregados não mudam há 50, a carta passou de oferecer “Gambas al Ajillo” para ter “Gambas à Láguilho”, o cheiro que flutua entre o mofo dos bancos almofadados e a maresia do aquário onde 2 lagostas e 20 sapateiras andam às turras, a cor indefinida das paredes, o som aleatório do intenso queimar de moscas (pfrrr..pfrrr) e sobretudo a luz clara e cadavérica emitida por néons manchados pela gordura evaporada.
Este passar do tempo reflecte-se estranhamente e unicamente nos preços.
Gosto de pensar que algum dia há de chegar em que estas casas onde o fino gourmet é barrado à entrada evoluam um pouco, rumo sobretudo a uma intensa higienização dos locais, mas verdade seja dita, nada é mais nacional e tradicional do que a Cervejaria, um local onde se come mal e se paga bem, mas onde por entre os gritos que se vai emitindo para se conseguir fazer ouvir de uma ponta à outra de uma mesa de quatros pessoas, se encontra realmente uma réstia íntima de alegria.
20 setembro 2005
Secrets
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O meu grande receio é que a memória me falhe...
19 setembro 2005
Lisboa
Cada vez nos parecemos mais com um país sul-americano
Eu já decidi: vou votar em branco.
16 setembro 2005
Enternidades
Tes pats sons les miens, tes pensées se font miennes, tes amours sont les miens, tes passions sons mes passions.
Que le temps nous garde du haut de son éternité."
Hoje como ontem, amanhã como hoje, sempre.
Sabes que te amo.
15 setembro 2005
Dias
Há dias em que nada se sente.
Acordei num destes dias.
Talvez um dia acorde.
"Never be afraid of the moments"
14 setembro 2005
Sinalética
P.S. Who gives a ..uck about cockroaches?!