Slow motion
No tempo dos slows, em que o tempo passava, só Deus sabe porquê, mais devagar, os momentos agarravam-se por entre os murmúrios dos braços que se cruzavam na penumbra. Cada instante era único, cada suspiro era o último e cada beijo era uma novidade.
Já não há slows.
Já não há almas apaixonadas que se abraçam no escuro ao som de músicas lamechas e doces. Jão não se sentem os corpos colados um ao outro, separados somente pelo rubor da adolescência. Já não há os beijos ternos quando o som se esbatia lentamente.
Slow motion, é como tudo deveria ser