09 junho 2008
O espectáculo começou, foi-se a crise.
Não fosse hoje a paralização dos camionistas e estaríamos num Portugal na ressaca de uma vitória europeia no mundo do futebol, na véspera de um feriado, com o calor a apertar. Tudo a apelar para umas horitas de praia, sol a brilhar, cerveja na mão, míudas de biquini e mar à vista.
O que veio depois do jogo foi a loucura própria de um país em crise, mas em crise de si próprio, de uma identidade nacional que se esvai aos poucos, como se o afirmar desta pequena nação se resumisse ao leve abanar de uma rede aos quadradinhos algures na Suiça ou na Austria.
A primeira coisa que o belo do Tuga fez foi esquecer o preço da gasolina e andar às voltas com o carro no Marquês de Pombal, e por esse país fora, num pára arranca demolidor em termos de consumo, e apitar alto e bom som.
Qual crise qual quê?
1 Comments:
Por acaso pensei nisso ontem. Este país é completamente disfuncional. Os gorilas do piquete deixaram por momento de se atirar para debaixo de camiões guiados por outros gorilas para, durante 90 minutos, assistirem ao jogo da selecção.
Os noticiários abriam com a vitória sobre os checos e só depois falavam da escassez provocada pela greve dos transportes de mercadorias.
Está tudo balhelhas.
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