12 outubro 2007

Red Snake

Na grande serpente vermelha
Olho em meu redor e nada mais vejo
A não ser a esperança de tantos seres
Soporíferos, adormecidos, entorpecidos
Rendidos a um poder maior
Que os puxa continuamente para baixo

A serpente anda devagar
Carrega consigo o peso do chumbo
A consciência demasiado pesada
De homens subjugados
De carneiros dóceis
Ao seu latejar intermitente

É provável que nunca acordem
Deste langoroso caminhar
Desta serpente adormecida
Que todos os dias acorda
Para nos foder o juízo
E nos comer a alma

Ao amanhecer
Ao entardecer
Continuamente
Tudo é tão opaco, turvo e sombrio
E no entanto tudo se torna mais claro
Na grande serpente vermelha

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

boa musica as usual..

bjs

vitalli

02:06  
Blogger purita said...

odeio cobras.

22:17  
Blogger GoncaloCV said...

tb não gosto...mas não é de cobras que se trata...

13:15  
Blogger purita said...

claro.

20:53  
Blogger Bluedog said...

Querido G!

"Não é porque as coisas são difíceis que não ousamos fazê-las, porque não ousamos fazê-las é que são difíceis"

Séneca

22:53  

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