19 abril 2005

Homens de verde

Existem coisas neste mundo que realmente me intrigam. Existem inúmeros factos que verdadeiramente ultrapassam o meu sensível cerebelo. Um desses factos é a manutenção das nossas forças armadas.

Portugal, certamente imbuído no seu espírito ecuménico de outrora de escravizar meio mundo, mantém umas forças armadas realmente dissuasoras de qualquer ataque. De quando em vez realizamos uns exercícios nas praias do nosso país para mostrar que, além dos habituais banhos de Verão, existem outras actividades lúdicas que se podem realizar no areal do nosso contentamento. Como se algum provável agressor internacional visse aquilo e pensasse: “ena ... se isto é assim, mais vale invadirmos o Luxemburgo”.

As nossas forças armadas não servem para nada, não estão cá a fazer nada e tecnologicamente não prestam para nada.

Fazemos parte da NATO, mas quando a guerra estala no Iraque mandamos ... a G.N.R., apoiamos intervenções belicistas dos cowboys do outro lado do Tejo, mas quando nos pedem para lá estar respondemos que somos uns coitadinhos que não é nada connosco. Preferia ter um poder militar real, que interviesse defendendo causas de justiça e liberdade com força e determinação a ter uns míseros tanques, aviões e barcos a patrulhar o Zé-povinho na Costa da Caparica. Faz-me lembrar a velha piada: "A posição de Portugal neste confronto é como os tomates...participa...mas não entra".

Tenho para mim que mais valia reforçar as nossas forças de terreno como a G.N.R. e a P.S.P. com meios verdadeiramente adequados à defesa e segurança das nossas cidades e afins, a termos uns homenzinhos de verde armados em bons e armados com metralhadoras.