Solidão
Uma das maiores tristezas que existe é a solidão a dois.
Pensei nisto hoje de manhã, enquanto observava os carros ao meu lado no trânsito, em andamento de caracol a pé coxinho. Dei por mim a ver vários casais que não se falavam. Cada um do seu lado, cada ser no seu mundo, ele olhava para a esquerda enquanto ela retocava a maquilhagem no espelho mínimo. Provavelmente a banda sonora dentro do habitáculo seria "Holding back the tears" dos Simply Red ou então "I used to love her, but I had to kill her" dos Guns and Roses.
Vi nesses casais um reflexo da nossa sociedade actual em que, não obstante todas as ferramentas de comunicação, as pessoas se fecham cada vez mais dentro do seu próprio âmago. O que vi sobretudo foram pessoas em que a nostalgia era nítida, em que a melancolia estava à flor da pele, em que a esperança se esbatia aos poucos.
Os portugueses andam muito em baixo. Já não estão de tanga, estão nus. Já não estão à rasca, estão totalmente enrascados, entalados. Somos neste momento um país triste e tristemente só.
Queria que este texto fosse um pouco mais animador, um factor de motivação por isso peço-vos que fechem os olhos e imaginem-se numa praia no Brasil. Ouvem-se as ondas do mar a baterem na areia, sente-se uma brisa leve e quente a abraçar os vossos cabelos, o sol luminoso aconchega o rosto e reconforta a alma. Têm um coco gelado na mão esquerda e a pessoa que amam ao vosso lado direito. Pensem que essa pessoa é a mesma que está todas as manhãs com vocês no carro.
Uma das maiores alegrias que existe é o amor correspondido.
Pensei nisto hoje de manhã, enquanto observava os carros ao meu lado no trânsito, em andamento de caracol a pé coxinho. Dei por mim a ver vários casais que não se falavam. Cada um do seu lado, cada ser no seu mundo, ele olhava para a esquerda enquanto ela retocava a maquilhagem no espelho mínimo. Provavelmente a banda sonora dentro do habitáculo seria "Holding back the tears" dos Simply Red ou então "I used to love her, but I had to kill her" dos Guns and Roses.
Vi nesses casais um reflexo da nossa sociedade actual em que, não obstante todas as ferramentas de comunicação, as pessoas se fecham cada vez mais dentro do seu próprio âmago. O que vi sobretudo foram pessoas em que a nostalgia era nítida, em que a melancolia estava à flor da pele, em que a esperança se esbatia aos poucos.
Os portugueses andam muito em baixo. Já não estão de tanga, estão nus. Já não estão à rasca, estão totalmente enrascados, entalados. Somos neste momento um país triste e tristemente só.
Queria que este texto fosse um pouco mais animador, um factor de motivação por isso peço-vos que fechem os olhos e imaginem-se numa praia no Brasil. Ouvem-se as ondas do mar a baterem na areia, sente-se uma brisa leve e quente a abraçar os vossos cabelos, o sol luminoso aconchega o rosto e reconforta a alma. Têm um coco gelado na mão esquerda e a pessoa que amam ao vosso lado direito. Pensem que essa pessoa é a mesma que está todas as manhãs com vocês no carro.
Uma das maiores alegrias que existe é o amor correspondido.
GoncaloCV escreveu às 23:51
4 Comments:
A mim, mais que no carro, mete-me confusão, aqueles que vão jantar fora e são capazes de estar duas horas em frente ao outro sem trocar uma única palavra....
Pois é Min, esses casais também têm muito que se lhe diga. São vários os casos desses que já presenciei em que nem uma palavra era trocada durante o jantar inteiro, e pergunto-me sempre "porque raio é que estes gajos vieram sair?"
Acho que devem todos emigrar para o Brasil. Sempre ficavam mais perto...
olá G!
cheguei aqui por acaso, gostei bastante do que vi, em especial este texto, que fala da minha terra, o Brasil.
o amor está em todos os lugares, mas por mais que o lugar ajude, se não há amor, não há sintonia.
o fato é que existem casais que não sabem nem porque estão juntos...
Enviar um comentário
<< Home