11 fevereiro 2005

Bardamerda

Tal como a Estátua de Liberdade semi-enterrada no final do mítico filme com Charlton Heston, que fazia de bom na altura, vejo hoje que a nossa liberdade individual, ao invés de aumentar, regride. Á semelhança de um Charlton altamente injustiçado por um mundo que já não é o dele, andamos nós hoje em dia, individualmente e solitariamente, à procura de um eldorado que julgamos nos foi prometido, de um qualquer xanadu real ao virar da esquina.

O problema é que de facto isto actualmente É o Planeta dos Macacos, não só pela nossa descendência directa dos símios em questão, mas também e sobretudo porque os nossos políticos e dirigentes - quando digo nossos digo a nível mundial - se assemelham cada vez mais a seres acéfalos e em busca dos neurónios perdidos. O que eu gosto, mas gosto mesmo, é que eles ainda julgam que nos podem enganar, que acham que de facto vão construir mais hospitais, que de facto vamos ter melhor educação, que verdadeiramente vamos ter alguma segurança laboral e social. Juro que por vezes acho que tudo à minha volta está a andar para trás. Tomemos os cinemas como exemplo: durante anos um gajo comprava um bilhete e os lugares eram marcados, óptimo; a seguir vieram as sessões sem lugar designado, tudo bem; depois, numa visão de optimização do serviço ao cliente, foi possível reservar o lugar exacto que se queria, excelente; agora voltou-se ao livre arbítrio do espaço escuro. No outro dia fui com a Cat ao cinema e pimba! ficámos em lugares separados porque a sala estava cheia. Mas isto é só um exemplo, estejam atentos aos sinais de retrocesso porque eles andam por aí.

Por mim era simples: entregar a essa grande empresa de nome Compta toda a colocação de políticos no nosso parlamento e governo. Talvez tivéssemos o Sr. Jardim a ministro do ambiente, o Sr.Portas a ministro das obras púbicas e o Sr. Lopes a ministro das discotecas e bares nocturnos (sim, porque nisso dou-lhe nota 20!). A primeira-ministra designavam a Zita Seabra e a sua poupa de três metros e meio. Poupávamos pelo menos o trabalho de irmos às urnas.

Não quero ser venenoso, mas aquele vegetal ambulante no carro branco é o representante máximo da minha religião?

Querem ver que, por este andar, qualquer dia até a Coreia do Norte ou o Irão têm a bomba atómica. EHEHEHEH...