11 abril 2008
O percurso da chama olímpica está manchado de vergonha.
Enquanto decorrem manifestações por esse planeta fora para mostrar o apoio internacional à causa Tibetana, os donos do olímpo estão preocupados em manter intacta a tradição que a chama promove e o símbolo que transmite. Até certo ponto estou de acordo com eles, mas a que preço?
Uma coisa é uma chama pura e etérea carregada por atletas de renome a quem coube a glória e honra de transportar a mesma, apoiados pacificamente por milhares de pessoas. Outra completamente diferente é esses atletas irem rodeados de oficiais chineses e de policias locais no sentido de proteger um percurso e um símbolo que se dilui exactamente pelas circunstâncias em que sucede.
Apoio o percurso da chama e penso que se deveria manter, como símbolo que é, mas fazê-lo sob escolta policial apertada, entre caminhos percorridos aos soluços, agarrões de manifestantes, extintores activados à sua passagem, prisões da apoiantes do Tibete e transporte de autocarro quando convém, penso ser um preço demasiado alto a pagar, um esbater completo do simbolismo que a própria chama insere.
Imaginem um atleta que, pela primeira vez tem a honra de tranportar a chama e que se vê neste autêntico filme, rodeado de seguranças e de pessoas a vociferarem na sua direcção. Tristes cenas.
O problema nasceu logo à partida com a atribuição dos jogos à China. Concordo que o desporto deva ser apolítico e que serve para unir os povos, mas uma vez que é claramente usado como arma política deveriam os senhores das Olimpíadas ter pensado um pouco mais e não atribuir os jogos a um país em que os direitos do Homem são historica e continuamente espezinhados pelos ideais vermelhos.
Shame on you, shame on them, shame on all of us.
1 Comments:
olha a musiquinha...
bons tempos!
é assim..com tantos paises, quem é que mandou fazerem lá??
tava-se mesmo a ver!
acho péssimo! e agora deu nisto.. o mundo esta perdido..
bjs
babagnoush
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