30 setembro 2008

A falência emergente

BRIC.
Brasil, Índia, China. Três países ditos emergentes que se têm, lentamente mas seguramente, tornado o centro nevrálgico desta nova ordem económica mundial que se desenha. Mas há custa de quem?
Num planeta cujas valências sociais e humanas há muito deixaram de ser prioritárias, se é que alguma vez o foram, absorvidas de forma sombria por um capitalismo hostil e viral, os fossos que se criam entre classes são cada vez mais profundos, rumo a um abismo cujo fim é totalmente imprevisível.
Os países desenvolvidos cravaram garras certeiras nas jugulares de fracas economias e tiram hoje o maior proveito possível das recentes ganâncias adquiridas. É sempre bom analisarmos dados económicos, vermos que existem taxas de crescimento muito acima da média, superavits económicos de fazer inveja, sem nos preocuparmos com a realidade humana por trás destes números. É sempre bom falirmos bancos quando dois meses antes distribuímos prémios de milhões à administração e agora queremos que o Estado nos salve. É sempre agradável ver famílias em incumprimento constante que se afundam num lamaçal de dívidas cujos créditos foram tão alegremente concedidos.
Os países BIC têm crescido muito há custa de uma subserviência aos “mestres do universo”, definidos por Tom Wolf, capitalistas sanguessugas por natureza, cuja cor do dinheiro lhes corre nas veias. Os países crescem, mas as suas populações estão cada vez mais miseráveis. Salários de alguns punhados de dólares mensais por uma vida de labor e suor, total ausência de condições de trabalho, falência de um Estado social interveniente corrompido, trabalho infantil, famílias que vendem filhos para poderem sobreviver e que vão com os restantes explorar as lixeiras abundantes, seres que continuam a arrendar aquele espaço naúseabundo por baixo da ponte junto ao esgoto e que se consideram sortudos, mal nutrição permanente, insegurança permanente, desumanidade constante.
Estas são as novas emergências destes países.
Os países desenvolvidos assobiam para o ar e só agem quando o Bono ou o Geldof lhes batem à porta, confrontados uma vez mais com as duras realidades de certas populações do globo. Continuamos a comprar alegremente aquela aparelhagem que milagrosamente só custa 25 euros, aqueles vestidos fantásticos a 10,99, chapéus-de-chuva a 1,80 e tanta e tanta coisa que tanto e tanto precisamos.
Os países emergem de facto, mas os líderes afundam-se levando com eles a pouca humanidade que ainda resta da Humanidade.

29 setembro 2008

Um mundo de solidão

Um planeta repleto de pessoas tão sós que hoje em dia não se fazem amizades, pedem-se amizades.
"Queres ser meu amigo?".
Ainda por cima com o risco de ser recusado.
Que tristeza.

27 setembro 2008

Homem novo


Paul Newman morreu hoje aos 83 anos, vítima de um cancro do pulmão.
Mais um grande que parte. Um homem absolutamente fantástico.
Até sempre Paul.
"Às vezes Deus faz pessoas perfeitas."

26 setembro 2008

Viva España

De acordo com um recente estudo, os nossos vizinhos espanhoís serão, em 2040, o país mais velho do mundo.

Já não bastava serem chatos, agora vão ser velhos chatos.

Viva España ou Muere España?


Olé

25 setembro 2008

The Terminator

Qual exterminador implacável, o Major Valentim Loureiro teima em não desaparecer, mesmo quando a última vez que o vimos foi a mergulhar num tanque de metal em fusão. À semelhança do homem de ferro, apresenta características de sobrevivência únicas voltando sempre a aparecer intacto e pronto para a luta após ter dele restado somente o mindinho esquerdo a contorcer-se efusivamente num corredor qualquer do Tribunal de Gondomar. As célebres palavras do Arnold "I'll be back!" aplicam-se certamente ao Sr. Loureiro, sendo possivelmente substituído por um sonoro "Eu bou boltar, carago!".
E volta.
A última deste Senhor (com "s" grande que isto do respeitinho é muito bonito) é a alegada participação num negócio de compra e venda de um terreno da Reserva Agrícola Nacional que rendeu três milhões de euros em duas semanas. Nada mau. Acusado dos crimes de instigação danosa, burla qualificada e prevaricação pelo Ministério Público, o Major nega veementemente e clama a sua total inocência, como seria de esperar aliás. Eu até o percebo, o homem está cansado de ir a tribunal vezes sem conta dizer que está inocente sempre que é acusado.
Tadinho.
O busílis da questão não reside no entanto no curtíssimo prazo em que o lucro foi obtido, mas sim no facto de a compra inicial ter sido efectuada a favor do filho do Major, Jorge Loureiro, e mais dois sócios, e a posterior venda à STCP, Sociedade gestora dos transportes públicos do Porto, só possível graças à desafectação da propriedade da R.A.N. Sendo o Major simultânemente Presidente da Câmara de Gondomar e Presidente da Empresa do Metro do Porto isto tudo tem um cheiro tão intenso a tráfico de influências que até doí.
Como já aqui escrevi, não há fumo sem fogo, e o Major ou é incendiário ou anda pelas ruas deste país permanentemente com fumo branco a sair-lhe da testa sendo o único ser vivo visível a olho nú desde o espaço. Estou a imaginar os diálogos no Space Shuttle: "Olha ali a muralha de China....e olha ali o Major Valentim...".
Tudo isto até seria engraçado, não fosse sobretudo uma tristeza.
Uma única pergunta: como é que este ser ainda não está preso?
.
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"Eu bou boltar, carago!"

24 setembro 2008

Timing político

No mesmo dia em que foram divulgadas as declarações do Pedro Passos Coelho defendendo Santana Lopes como um "nome forte" para candidato pelo (PPD-)PSD a Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, veio igualmente a terreiro a notícia que o Sr. Lopes é arguido num processo de favorecimento de atribuição de casas de habitação social, enquanto era Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, sendo que o pedido de levantamento de imunidade parlamentar já está na Assembleia da República
Defender Santana Lopes como candidato possível à Câmara da capital é, só por si, um erro, nomeadamente tendo em conta os processos legais levantados à sua equipa câmarária e à gestão dúbia exercida quer durante o seu mandato como Presidente da Câmara quer durante o seu reinado como Primeiro Ministro da República, agora fazê-lo no mesmo dia em que ele é constituído arguido é como pôr o pescoço a jeito só para ver se a guilhotina funciona
É o que se chama mau timing político, Sr. Coelho. Mau timing.

23 setembro 2008

Materealístico

O materialismo alimenta o espírito mas condena a alma.
Cada vez me mete mais impressão o consumismo selvagem, o exagero, o abuso, o excesso, a opulência.
Vivemos numa sociedade em que o carinho foi substituído pelas compras, em que o vazio instalado é preenchido por doses de roupas, comidas, telemóveis, sapatos, carros, máquinas fotográficas, ipods, cds, dvds, computadores portáteis, gadgets e mais gadgets, numa corrida desenfreada que cria novos vazios, novos buracos por preencher.
Alimentamos momentâneamente o nosso espírito com merdas, mas a merda no nosso espírito permanece.

19 setembro 2008

"Mad" Sarah - Part Trois

E dura, e dura, e dura...
Um hacker, ou vários, entraram na conta pessoal da Yahoo da nossa já conhecida Sarah Palin e divulgaram publicamente o conteúdo das mesmas. Embora o acto seja uma clara violação da privacidade, com a qual não concordo obviamente, veio aprofundar um pouco mais a faceta dúbia da Governadora Palin.
Entre o material mais pessoal, como fotografias de família, foram descobertos inúmeros mails profissionais o que estaria em clara violação das leis de transparência dos documentos oficiais, que, de acordo com as mesmas, não podem ser destruídos e têm de estar acessíveis ao público. Este facto levou já uma activista republicana do Alasca a apresentar um requerimento judicial para a divulgação de mais mil mensagens relativas a assuntos do Estado que Palin mantém fora do registo oficial .
A governadora, certamente adoptando o seu ar cândido cristão, alegou o seu "privilégio executivo" para manter essas comunicações fora do escrutínio público. Pois, espertinha. "Privilégio executivo" é como um manto cinzento que permite fazer tudo às escondidas sem prestar contas a ninguém. A democracia não funciona assim, senhora Palin, e se as referidas leis da transparência existem é exactamente para prevenir o abuso de "privilégios executivos" como o seu.
Descobriu-se também que alguns dos mails oficiais foram copiados para o marido da Governadora, que não é nem funcionário do Estado nem membro eleito do governo, o que só por si vai de certeza infrigir as mais diversas leis sobre o sigílio profissional e a não divulgação de documentos oficiais.
Bonito!

16 setembro 2008

Black gold

Se há coisa que me deixa furioso é sem sombra de dúvida a actuação vergonhosa das petrolíferas com quem o Estado subserviente anda alegremente de mão dada por causa dos elevados retornos financeiros que financiam os seus luxos e devaneios.
Há alguns meses assistimos praticamente todos os dias à escalada do preço do petróleo, com a respectiva repercussão nos preços ao consumidor da gasolina e afins. Sempre que o barril subia a actualização de preços era quase imediata.
Agora que o preço do barril atingiu o seu mínimo de há sete meses para cá, acham que os preços baixam com a mesma velocidade? Acham que as petrolíferas, sobre o mesmo argumento de que a actualização era imediata, matemática, e tinha em conta valores estabelecidos sobre o preço do barril, baixam os preços?
E não me venham com a treta de que os preços actuais reflectem o dinheiro investido na altura de pico na compra do petróleo que agora consumimos, e isto por duas razões: na altura da compra existiam largas reservas que permitiam perfeitamente manter os preços ao consumidor, só que fomos todos "agraciados" com o aumento de preços para que as petrolíferas fizessem frente aos investimentos, portanto como esse argumento deveríamos igualmente ser "agraciados" com uma diminuição do preço final pois as petrolíferas estão, agora, a adquirir o ouro negro a preços muito mais baixos.
Como eu sempre disse: as petrolíferas ficam sempre a ganhar.

15 setembro 2008

Cabaco Silba

Às vezes esqueço-me que o personagem é nosso Presidente.
Parece sempre que tem uma vassoura enfiada pelo rêgo acima. A sério.
Tenho a certeza que pela manhã, a primeira coisa que faz é verificar o próprio pulso. Depois descança ao ver que não sente nada. Tudo normal portanto.

12 setembro 2008

"Mad" Sarah

"Perhaps so" foi a resposta dada por Sarah Palin quando questionada se entraria em guerra com a Rússia se a Georgia integrasse a Nato.
"Perhaps so"?????
"Mad" Sarah no seu pior. Na sua primeira entrevista desde que foi nomeada para o ticket republicano para a vice-presidência, a senhora Palin deixou um pequeno exemplo do que seria capaz caso assumisse a presidência dos Estados Unidos da América (McCain tem 72 anos).
Antes o Bush pensarão já alguns.

11 setembro 2008

Setembro, 11, 2001


Foi há tanto tempo.
Foi há instantes.

10 setembro 2008

Um pouco de bom senso talvez, não?

Entrou hoje em funcionamento o LHC, Large Hadron Collider, o acelerador de partículas mais potente do planeta, tendo já recebido os seus primeiros feixes de protões.
O LHC consiste num túnel circular de 27 km, localizado sob a fronteira entre a Suíça e a França e usa poderosíssimos ímãs, construídos com tecnologia de supercondutores, para acelerar feixes de partículas até 99,99% da velocidade da luz. 99,99%! A ideia por trás do acelerador é produzir um feixe de prótons em cada direcção para colidi-los quando estiverem em máxima velocidade. O impacto seria capaz, de acordo com os cientistas envolvidos no projecto, de simular condições próximas às que existiram logo após o Big Bang, gerando um sem-número de partículas elementares, desconhecendo no entanto como é que serão estas partículas nem os seus efeitos.
Ora aqui é que está o busilis da questão. Em Agosto passado, um grupo de cientistas apresentou uma queixa do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para que não se iniciassem as experiências neste acelerador afirmando que a colisão de partículas poderia provocar a aparição de pequenos buracos negros, capazes de aspirar o planeta e fazê-lo desaparecer. Em Março já tinha entrado num Tribunal dos Estados Unidos outro processo com o mesmo propósito.
Podemos ficar descançados por enquanto, porque durante alguns meses as experiências serão somente de direccionar os feixes numa única direcção, como hoje, e atingir a velocidade desejada gradualmente. Só então, e certamente haverá um anúncio oficial relativamente à data, é que será feita A experiência.
Não sei quanto a vocês, mas na minha opinião existir o risco, por mais ínfimo que seja, de se produzir um buraco negro que aspira o planeta parece-me um bocado elevado. Não é dizer que o LHC vai explodir, ou que vai desaparecer parte de Genebra ou da Suiça mesmo, o que já era mau. Não. Estamos a falar do planeta Terra desaparecer literalmente. É que aqui não há propriamente lugar ao erro ou às margens de risco. O cientista em frente ao computador não vai poder dizer: "Eh pá afinal aqueles gajos é que tinham razão".
Não me parece boa ideia. Com tanta coisa para investigar, tanto onde investir (o projecto custou ente 3 a 10 mil milhões de euros) acho que estar a correr o risco, mesmo que 0,0001%, do planeta desaparecer é um bocado elevado. Não sei, parece-me. Mas isto sou eu.
Portanto se um belo dia virem as vossas chávenas de café a desaparecerem perante os vossos olhos, os computadores tornarem-se invisíveis ou estarmos de repente todos nús na rua, num processo de aspiração gradual, já sabem: é o fim do mundo.
... So long, fair well , aurf weidesen, goodbye...

09 setembro 2008

Huracán

Dar o nome de Ike a um furacão é um óptimo prenúncio...

Suponho que o próximo se chame Tina.

03 setembro 2008

Filha de um Deus maior

Sarah Palin, obscura Governadora do Alasca foi nomeada pelo Senador John McCain como candidata pelo partido republicano a Vice-presidente dos Estados Unidos.
Escolha estratégica do "Senador de braços dobrados" para angariar os votos femininos e brancos cristãos, esvaziando simultaneamente o capital mediático de renovação e de mudança que tem sido a imagem de marca de Obama, Sarah é, acima de tudo, uma incógnita. Uma incógnita perigosa digo eu.
Pelo que li na imprensa, a nomeação até começou por angariar simpatias, mas os media norte-americanos rapidamente fizeram o trabalho de casa, como costumam sempre fazer nestas situações aliás, e vieram a lume notícias pouco abonatórias acerca da candidata e posições controversas da mesma.
Relativamente às notícias, um mero comunicado da Governadora revelou ao mundo que a sua filha de 17 anos está grávida de 5 meses e que pretende casar com o namorado. Até aqui tudo bem não fosse Sarah acérrima defensora da abstinência sexual e da sexualidade com o propósito único da procriação. Neste último capítulo pelo menos a filha acertou. Pior mesmo a especulação gerada em torno do seu quinto filho que, supostamente, seria filho da filha e não dela. Explico: Palin terá assumido como seu filho o ser que na realidade seria o seu neto.
A Governadora faz parte do grupo Feminist for life, a favor da vida, que defende o não total ao aborto mesmo em caso de violação, o que poderia aliás explicar a origem dos rumores relativamente à maternidade da criança.
Cheia de energia e de vontade de mudança, o ar fresco e jovial de Sarah promove sobretudo à campanha de McCain o que lhe faltava: frescura e jovialidade. Os analistas dizem que a sua contribuição se reduz a isso mesmo, sendo claramente a maior dúvida a capacidade do exercício da presidência em caso de falecimento de John McCain. Eu também partilho essa dúvida e esse receio.
Sarah Palin luta, supostamente, contra os lobbies instituídos. Sublinho o "supostamente" e passo a explicar: Sarah é membro da NRA - National Rifle Association e promove a liberalização da exploração de petróleo e gás natural no Alasca, inclusivamete em terrenos de reserva natural (posição que nem McCain subscreve). Perdoem-me se estiver errado, mas Armas e Petróleo não são os lobbies mais poderosos nos Estados Unidos?
Há mais. Está em curso um processo nos tribunais civis em que Sarah é acusada de abuso de poder por alegadamente ter mandado despedir um ex-marido da irmã mais nova. O resultado deste processo será revelado 4 dias antes das eleições presidenciais. Por último referir que em 1990 fazia parte de um grupo que defendia a independência do Alasca, região soberana dos Estados Unidos.
Need I say more? Resumidamente: uma besta. Uma besta perigosa à imagem de uma América medrosa que votou dois mandatos consecutivos em George W. Bush.

02 setembro 2008

PP

Paulo Pedroso pode ter sido erradamente preso, não nego. Pode até ter visto os seus direitos de cidadão espezinhados como antigamente se fazia às uvas, é verdade, mas ter que pagar 100.000 euros ao ex-deputado socialista dá-me volta ao estômago.
Fresquinho saído do mundo vertical, Paulo Pedroso, carregado praticamente em ombros de forma apoteótica pelos seus colegas de bancada, como se tivesse ganho os 100 metros a pé-coxinho da Assembleia de República, prometeu não ficar parado enquanto a justiça para as vítimas de abuso sexual da Casa Pia não fosse feita.
Lembro as palavras do Sr. Pedroso, clamando a sua inocência e a injustiça que lhe caíra em cima, dizendo ao sair da prisão que queria apurar tudo sobre o escândalo de pedofilia e que não perdoaria a quem tentasse impedir a descoberta da verdade. No Parlamento falou ainda da criação de uma comissão de investigação aos crimes de abuso sexual já prescritos. Os portugueses teriam, segundo ele, o direito de conhecer a verdade.
Temos.
O que é que fez de concreto? Nada, niente, rien, a não ser colocar uma acção contra o Estado no valor de 600.000 euros por prisão ilegal. Afirmou que a acção constituía para ele um "imperativo ético". A ética do Paulo vale, ficamos a saber, a módica quantia de 600.000 euros.
Parece-me a mim, Sr. Pedroso, acusado e inocentado de 23 crimes de abuso sexual, que vossemecê deveria ter como "imperativo ético" outro tipo de atitudes, nomeadamente, e no mínimo, efectivar aquilo que com tanta indignação e veemência apregoou aos sete ventos, em vez de accionar o Estado.
Na minha opinião, e todos sabemos como é que a justiça portuguesa funciona e os poderes que se movem para que ela funcione em determinados sentidos, para uma pessoa ser acusada de 23 crimes de abuso sexual é preciso muito.
Onde há fumo, há normalmente fogo, mas muitas vezes não há provas contras os incendiários.
Ah, e fique sabendo, Sr. Pedroso, que a ética não tem preço: ou se tem, ou não.

01 setembro 2008

London

I am back from London.